Os conflitos às vezes começam com um simples desentendimento ou uma divergência de interpretação sobre uma situação do dia-a-dia. Fato é que os conflitos fazem parte da vida. Assim também como eles fazem parte de todas as empresas, principalmente, nas empresas familiares. Se você não enfrentar os conflitos de forma aberta e desapaixonada, eles podem comprometer o convívio dos sócios e até mesmo causar o fechamento da empresa familiar. E não se engane: conflitos entre irmãos e até mesmo entre pai e filho são muito mais comuns do que se imagina!
Mas, o bom é que eles podem ser evitados. Então chegou o momento de você entender um pouco mais sobre os conflitos na empresa familiar: como evitá-los?
Se você é gestor, empregado ou membro de uma família empresária, você está no lugar certo. Peço que você fique até o final e prometo que irei surpreender com os seguintes temas:
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ToggleOperar uma empresa familiar é um trabalho complicado em decorrência dos conflitos que são inerentes às relações familiares, disputa de poder, ambição pessoal, rivalidade, entre outros. Isso sem contar ainda a dificuldade em conseguir separar a família do negócio. E mais, quando os filhos se casam, a situação tende a se complicar ainda mais porque um novo núcleo familiar é formado, com diferentes valores e princípios.
Conflitos têm diferentes causas, mas não é difícil encontrar sua origem em uma empresa familiar. Buscar a origem é o primeiro passo para solucionar!
Divergência na forma de administrar o negócio é a principal causa de conflitos entre pai e filho. Seja porque o filho quer implantar uma administração mais aberta e alinhada com a realidade do mercado, seja porque o fundador prefere manter a forma como já vinha tocando os negócios. Já os conflitos entre irmãos, normalmente, envolvem o ciúmes ou o sentimento de que um deles foi preterido pelo pai na escolha do diretor, além de não ser raro também a disputa por diferenças de remuneração.
Não raro é fácil encontrar conflitos entre pai e filho na gestão da empresa da família. O pai, porque obviamente antecedeu a geração do filho, tem uma administração mais tradicional e quer manter-se no comando de todas as decisões empresariais. Ou seja, nem sempre quer largar o osso. O seu modo peculiar e trabalhador trouxe a empresa aqui e em time que está ganhando nunca se deve mexer. O filho, por sua vez, geralmente por pertencer à geração X (1961-1980) ou geração Y (1981-2000), traz consigo um modelo de hierarquia menos rígida ou informal e pretende alinhar a empresa com esses novos valores e modelos de negócios. É aí que aí costumam surgir os conflitos.
A resolução dos conflitos reside na procura de quem está com a razão. Afinal, num nível acima, tanto pai, quanto filho, querem o bem da empresa.
O pai, na condição de fundador, tem suas razões para crer que sua gestão já foi colocada à prova e o sucesso da empresa não ocorreu por acaso.
O filho, que pretende implantar uma hierarquia menos rígida ou descentralizada, tem suas razões para acreditar que está no caminho certo.
Quando o filho (a) casa, a situação tende a se agravar, porque será influenciado pelo novo núcleo familiar, como novos valores, com novos hábitos.
O diálogo entre as gerações é o principal caminho para buscar o equilíbrio, mas o acirramento do diálogo entre os dois nem sempre permite encontrar uma solução negociada. Nestas situações, buscar por um mediador societário ou familiar se apresenta como a melhor solução.
O conflito entre irmãos decorre de várias razões, indo desde a preterição de um irmão na escolha para conduzir a empresa, passando pelo sentimento de protecionismo e até mesmo rivalidade entre eles.
Aliás, a rivalidade entre irmãos é muito comum e seu registro vem desde a bíblia com a história de Caim e Abel.
É certo, que os irmãos não se escolheram como irmãos e muito menos se escolheram como sócios. Eles estão numa sociedade onde não houve liberdade de escolha. Essa sociedade foi imposta pelo fundador, que muita das vezes usa até mesmo chantagem emocional para forçar que os irmãos se entendam. “Eu fiz isso para você”; “eu quero que vocês se entendam” ou “venham almoçar neste domingo comigo”, são exemplos de truques que o fundador usa para tentar encontrar um ponto de equilíbrio na discussão.
Porém, não se engane: o fato de ser irmãos, não significa que haverá perpetuação da sociedade. Por isso, documentar os combinados, escrever regras de convivência pode ser o melhor caminho para um convívio mais respeitoso e harmônico.
A verdade é que os conflitos podem destruir uma empresa. Existe um estudo que prova que 75% das empresas familiares morrem em decorrência de conflitos por poder e dinheiro. Mas, o curioso é que as duas atitudes mais comuns para lidar com os conflitos dentro da empresa familiar é negar o conflito ou acirrá-lo, utilizando, inclusive, ações judiciais.
Não se engane! Judicializar disputas na empresa familiar, dificilmente resolverá o problema, e, na maioria das vezes, leva ao encerramento prematuro da sociedade.
No entanto, estes não são os melhores caminhos para manter a boa convivência na família empresária.
Se o diálogo é ruim entre a família, o ideal é buscar ajuda. A existência de um mediador na sociedade ou na família pode ajudar muito na resolução das brigas. Essa função pode ser exercida tanto por um profissional, quanto por um amigo da família. O importante é que seja uma pessoa independente que mediará as discussões. Ou seja, o mediador não se envolve emocionalmente na questão, logo, consegue conduzir a conversa na busca do entendimento.
A verdade é que a maioria dos conflitos que se instalam na empresa familiar decorrem da falta de diálogo entre os sócios e a família como um todo.
Por isso, certamente grande parte das vezes os conflitos dentro da empresa familiar são facilmente resolvidos com uma boa conversa mediada por alguém que está alheio à discussão existente.
Logo, quando o mediador é chamado para intervir, o canal de diálogo tende a se estabelecer e o equilíbrio normalmente é encontrado. Isso porque, no final das contas, toda a família quer o melhor para a empresa.
Agora preste atenção! Não se esqueça que registrar os combinados familiares é uma forma inteligente de transferir a administração da empresa. Além disso, é igualmente salutar evitar ou minorar os efeitos dos conflitos.
Protocolo Familiar é um documento que estabelece regras de como a família empresária deve se comportar com relação ao negócio que possui.
Ele possui características de um acordo de cotista ou acordo de acionistas, mas, difere-se na essência. Isso porque no acordo de cotista ou acionista cuida-se da relação dos sócios em relação à empresa, já no protocolo familiar cuida-se do relacionamento entre a família, a propriedade e a empresa.
Ou seja, o protocolo familiar deixa as coisas mais claras entre os membros da família empresária.
Mas não se engane: ele não é um remédio para todos os males! Porém, ele pode minimamente trazer tranquilidade para os membros da família, proporcionar o convívio harmônico e criar condições para profissionalizar a atuação dos sucessores.
Veja o que o protocolo familiar pode fazer pela família empresária:
O protocolo familiar nada mais é que um acordo de vontade que emerge dentro da família. Para ser alcançado, o diálogo precisa ser praticado.
Portanto, é muito fácil fazer um protocolo desde que a abordagem seja feita de forma correta.
Por isso, é importante buscar o ponto de equilíbrio entre os diversos interesses dos sucessores.
O fundador é a pessoa mais indicada para iniciar este assunto dentro da família e os familiares devem ser instigados a pesquisar sobre o assunto, apresentar sugestões. Existem vários materiais para pesquisa, e ainda, eles podem também consultar um especialista. A propósito, não deixe de ler artigo sobre governança corporativa para empresa familiar.
Por fim, apesar de não existir uma forma determinada para o formalizar documento, é recomendável que seja feito através de escritura pública.
Conflitos são comuns, e o poder e dinheiro são a principal causa da mortalidade das empresas familiares. Isso faz com que 75% das empresas sejam enterradas juntas com o seu fundador.
Para um convívio respeitoso entre os diferentes interesses que existem dentro da família empresária é necessário que você entenda essa dinâmica.
Ou seja, buscar um ponto de equilíbrio é essencial para a longevidade da empresa familiar.
Portanto, se achar interessante, procure um bom mediador para te ajudar.
Além disso, hoje existem formas inteligentes de você resolver os conflitos e preparar uma sucessão empresarial bem sucedida.
Enfim, espero que você tenha gostado! Se for este o caso, compartilhe com algum amigo seu e permita que ele tenha acesso ao material.
Construa um legado familiar sólido e duradouro! Potencialize seu patrimônio, fortaleça a sucessão e aprimore a governança familiar. Não deixe o destino de gerações nas mãos do acaso e garanta a perpetuidade de seus negócios, evitando perdas patrimoniais e conflitos familiares!
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